sexta-feira, 29 de maio de 2009

Fim do mundo

De antemão peço perdão aos leitores por trazer ao nosso café um tema tão démodé. Pressuponho que alguns ao lerem o título devem ter desanimado em terminar a leitura por deduzirem já conhecer o conteúdo do texto. De qualquer forma, aos que me dão créditos pelo tema e se propõem a ler até o final saliento que não perderão seu tempo relendo as diversas e já conhecidas profecias de fim de mundo. O título é objetivo e transcende aos limites da racionalidade. Acredito que pelo menos em algum dia você já pensou no fim do mundo.Mesmo que seja publicamente descrente de tal acontecimento em algum momento de sua vida já se questionou sobre essa possibilidade. Tal qual o ateu convicto, que embora desacredite na existência de Deus se depara as vezes pronunciando chavões cristãos, você já deve ter pensado no fim do mundo como um plausível fato a se consumar.Como não me excluo desse conjunto humano que hesita, desacredita, acredita, e depois volta a duvidar,gostaria de tornar público alguns desejos realizáveis que pretendo executar antes desse utópico dia. A priori pretendo ter um filho(a). E não é pelo desejo egocêntrico de deixar na terra um herdeiro de sangue que honre a congenitura. Até mesmo porque se o assunto é fim do mundo, seria em vão pensar em perpetuar sangue. E nem é por um instinto maquiavélico de gerar mais uma alma para assistir ao fim do universo. É simplesmente pelo sentimento romântico e cinematográfico de dividir com ele prazeres como de jogar bola, soltar pipa (algo que nunca fiz nem só)e vê-lo correr atrás de bolas de sabão. Também anseio que me reste mundo para ler todas as obras de José Saramago e Gabriel García Marques. Não estou tão longe de realizar esse desejo quanto já estive. Mas para que isso se conclua é necessário que o mundo deles acabe antes do meu(não pense que por isso torço para que morram). Poderia rechear o texto com votos de paz mundial, sublevação africana e algumas aventuras sexuais com qualidades e quantidades anormais, porém, ne propus a delatar apenas os desejos realizáveis. Sendo assim, encerro com o desejo de aprender a nadar. Não esta por último por ser o maior dos desejos. Mas vejo nessa prática uma verossimilhança com o vôo. E como não encorajo aprender a voar, também nunca tentei aprender a nadar. Porém não me falta o desejo de fazer ambos. Newton com a Lei da Gravidade eliminou qualquer possibiliade de aprender a voar. Sendo assim só me resta aprender a nadar, o que pretendo fazer em breve. Isso é claro se a coragem vier antes do fim do mundo.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Coisas da vida

O tema cultural do fim de semana foi o show da banda Jonas Brothers. Grupo formado por três irmãos que vieram ao Brasil fazer uma turnê. E os debates circundavam em torno do alvoroço dos fãs (aos gritos de lindos, belos, gostosos e outros adjetivos qualificantes) e da virgindade (defendida e difundida)dos integrantes da banda. Confesso não saber exatamente o que fez com que a banda se tornasse o tema da semana, a movimentação dos fãs ou a castidade. Pois bandas causando alvoroço é um tema bastante mórbido para se tornar principal. E a castidade já não rende tanto ibope como em outros tempos. Também confesso não saber se existe alguma relação entre essas duas características. De qualquer forma, o que na verdade me chamou a atenção não foi nem a mobilização dos fãs(grupo ao qual eu não incluo)e nem a virgindade. Mas sim a repetição de cenas. É como se eu estivesse revendo minha irmã lamentando com o poster nas mãos a inoportunidade de não assistir ao show do New Kids on the block (step by step, lembram?). Ou minhas amigas de adolescência sonhando com o sorriso do Kevin dos Backstreet boys. Ou minha irmã mais nova dançando Hansons.Em outros termos, tudo se repete com novos nomes. O que faz com que eu relute em aceitar a afirmação de que a história não é cíclica. E na mesma velocidade que eles vêm, se vão e não deixam sequelas (para meu conforto). Daqui alguns anos, poucos se lembrarão o que era Jonas Brothers. Como poucos se lembram o que foi Hansons e as outras bandas supracitadas. Insiro nessa mesma condição de modismo fabricado pela factóide [como sabiamente disse Ronaldo em outra postagem]Susan Boyle. Porém essa atinge uma outra faixa etária influenciável, mas não por percings e poses pré-fabricadas.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A gripe suína matou...

Há poucos meses, quando a cura da gripe dependia apenas de um bom chá receitado pelas avós, os telejornais só noticiavam a crise econômica. As reportagens seguiam a seguinte sequência lógica: empresas anunciando falência e políticos negando a crise. Às vezes se invertiam a ordem de exposição das mesmas notícias. E as pessoas, para variar, com medo. Guardavam o pouco dinheiro que vos sobravam longe das cadernetas de poupança. O que fazia com que o dinheiro desaparece e a crise aumentasse. Era impossível esquecer-se da crise. Em todos os lugares esse era o assunto. Até que alguém se contamina com um tipo de gripe e essa se transforma em um pandemônio.
Eis que as notícias mudam. Surgem diversos casos suspeitos, embora poucos comprovados. Vemos com constância as pessoas de máscaras nas ruas. O México se torna motivo de chacota e um espirro atinge proporções de armas biológicas. Entretanto, a gripe suína (mundial) com todo seu alarde não alcança nem as mesmas proporções de infecção por dengue. Somente no Rio de Janeiro em 2008 ocorreram 174 casos de morte por dengue, enquanto a gripe suína até agora matou no mundo todo 68 pessoas. Mas as pessoas, para variar, com medo.E a crise embora não se inclua em uma dessas vítimas, foi a que morreu primeiro. Dela não se lembram mais. E melhor para todos, pois se esquecer da crise é o primeiro passo para se sair dela. Nos falta agora apenas torcer para que surja alguma coisa que mate o medo.

domingo, 17 de maio de 2009

Pela manhã, pós-almoço ou fim de tarde o café acompanha os brasileiros. Muitos em cada tragada engolem também o tempo ocioso. Uns o tomam pela falta de outra bebida. Outros por já serem dependentes. Uns por tradição familiar, outros por pura preferencia. Quando, onde e porque não se vem ao caso. Porém temos de convir, o café (assim como a cerveja) socializa. Bons debates saem nos cafés espalhados pelo Brasil. Amizades, soluções, casamentos e intrigas nascem em meio a fumaça da bebida. Você pode até não gostar de café, mas aprecia a hora do cafézinho. Façamos então desse blog o nosso café virtual. Com açúcar ou adoçante, sirvam-se e sintam-se a vontade.